Planos de Saúde - Parto Normal tem Crescimento de 8%
Fase 2 do Projeto Parto Adequado Registra Aumento de 8% nos Partos Vaginais
Durante a Sessão de Aprendizado Presencial (SAP) realizada em São Paulo no dia 3 de abril de 2018, foram apresentados os resultados preliminares da Fase 2 do Projeto Parto Adequado. Essa iniciativa é fruto de uma parceria entre a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Hospital Israelita Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI).
O objetivo principal do projeto é reduzir o número de cesarianas desnecessárias, promovendo o parto normal com base em evidências científicas e mudanças nos modelos de cuidado obstétrico. O projeto também busca conscientizar gestantes, operadoras de planos e profissionais de saúde sobre os benefícios do parto vaginal.
Parcerias e Expansão do Projeto
Durante o evento, foi assinada a renovação do Acordo de Cooperação Técnica entre ANS, IHI e Einstein. Além disso, a Abenfo (Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras) e a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) oficializaram sua participação no projeto, contribuindo com materiais técnicos e protocolos colaborativos.
Resultados da Fase 2
Na Fase 2, que teve início em 2017, participaram 127 hospitais e 62 operadoras. Os resultados demonstraram:
- Aumento médio de 6,3% na taxa de partos normais entre os hospitais que seguiram todas as diretrizes;
- Nos 63 hospitais que aderiram na Fase 2, o crescimento foi de 8%, atingindo média de 50% de partos vaginais;
- Destaque para hospitais como o Daniel Lipp (100% de aumento), Samel (91%) e Eugênia Pinheiro (71%).
Metodologia Utilizada
A população-alvo foi definida com base na Classificação de Robson, recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A classificação agrupa as gestantes de acordo com cinco características obstétricas:
- Paridade (com ou sem cesárea anterior, ou nulípara);
- Início do parto (espontâneo, induzido ou cesárea pré-trabalho);
- Idade gestacional (pré-termo ou termo);
- Apresentação fetal (cefálica, pélvica ou transversa);
- Número de fetos (único ou múltiplo).
Segundo a ANS, essa metodologia permite comparar práticas clínicas entre hospitais, analisar taxas de cesáreas e otimizar o atendimento às gestantes.
Impacto na Saúde Pública
Estudos recentes como o Burden of Early-Term Birth mostram os riscos das cesáreas desnecessárias, como maior taxa de morte neonatal, hipoglicemia e complicações respiratórias. O Projeto Parto Adequado busca reverter essa realidade por meio de mudanças sustentáveis nos hospitais e maior adesão ao parto vaginal seguro e humanizado.