Planos de Saúde DF COVID-19 ANS DIVULGA DADOS DE MONITORAMENTO
Boletim Covid-19: ANS divulga novos dados do monitoramento do setor
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou em 22/06/2020 a segunda edição do Boletim Covid-19, contendo dados atualizados até maio sobre o impacto assistencial e econômico-financeiro da pandemia no setor de planos de saúde. As informações foram coletadas de uma amostra representativa de operadoras, incluindo demandas dos consumidores registradas nos canais da ANS.
Dados Assistenciais
Foram analisadas informações de 50 operadoras verticalizadas (com hospitais próprios) e 102 operadoras que atendem 74% dos beneficiários de planos médico-hospitalares. Os dados indicam uma leve retomada das consultas em pronto-socorro não relacionadas à Covid-19, além do aumento dos exames e terapias fora do ambiente hospitalar, embora ainda inferiores aos níveis pré-pandemia.
A taxa de ocupação geral de leitos (comuns e UTI) aumentou de 51% em abril para 61% em maio, permanecendo abaixo do mesmo período do ano anterior. A taxa de ocupação exclusiva para Covid-19 cresceu de 45% para 61% no mesmo intervalo.
O boletim também apresenta custos assistenciais diários e duração média das internações clínicas, cirúrgicas e por Covid-19, tanto em leitos gerais quanto de UTI. O custo por diária para pacientes Covid-19 apresentou aumento significativo em maio, com custo de internação em UTI próximo ao das cirurgias.
Dados Econômico-Financeiros
Com base em informações de 101 operadoras para fluxo de caixa e 102 para inadimplência, foi observado que o índice de sinistralidade de caixa caiu significativamente em maio para 66%, ante 76% em abril. A sinistralidade mede a proporção das mensalidades usadas para pagar custos médicos.
A inadimplência do setor aumentou levemente, passando de 9% em abril para 11% em maio, mas permanece dentro dos níveis históricos para planos com preços pré-estabelecidos.
Demandas dos Consumidores
Entre março e 15 de junho, a ANS contabilizou 7.149 solicitações de informação e 4.701 reclamações relacionadas à Covid-19. Dessas, 36% referem-se a dificuldades assistenciais para exames ou tratamentos, 43% a outros problemas assistenciais e 21% a temas não assistenciais, como contratos.
O número de reclamações em abril e maio de 2020 ficou abaixo do registrado no mesmo período de 2019. A classificação das demandas considerou relatos dos consumidores, sem análise de mérito quanto a infrações legais ou contratuais das operadoras.
Monitoramento Contínuo
Esta é a segunda edição do boletim, com a ANS mantendo o acompanhamento contínuo para aprofundar a análise dos impactos da Covid-19 no setor e garantir transparência.
Fonte: ANS - Boletim Covid-19: novos dados do monitoramento do setor